A vitamina D é essencial para a mineralização óssea e uma importante arma na prevenção e tratamento de Osteoporose, mas, além disso, pode ter outras funções na saúde e na doença. Citarei abaixo alguns importantes estudos relacionandos aos níveis de Vitamina D:
1- Um estudo com 559 adolescentes (idade média de 16 anos) mostrou que 29% tinham níveis baixos de Vitamina D e os adolescentes negros foram significativamente mais acometidos do que brancos. Níveis baixos de vitamina D foram também associados com maior índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal e espessura de dobras cutâneas (Pediatrics 2010).
2- Dados do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) sugerem que cerca de 51 milhões de crianças e adolescentes têm níveis insuficientes de vitamina D (15-29 ng / mL) e 7,6 milhões são deficientes, ou seja, com níveis ainda mais baixos (<15 ng / mL).
3- Em um estudo com 92 crianças negras com asma, 54% tinham níveis baixos de vitamina D contra apenas 5% de 21 crianças negras sem asma (TJP 2010).
4- Baixos níveis de vitamina D também têm sido associados com níveis mais elevados de paratormônio (PTH) e pressão arterial, e com níveis mais baixos de cálcio e HDL - colesterol “bom” (Pediatrics 2009).
5- Crianças com níveis mais baixos de vitamina D (<15 ng / mL) foram relacionadas a maior resistência à insulina (maior risco de Diabetes) em comparação com as crianças com níveis mais altos de vitamina D (JCEM 2009).
6- Uma alta concentração de vitamina D no sangue pode diminuir o risco de uma doença oftalmológica chamada Degeneração Macular Relacionada a Idade (AMD) em mulheres menopausadas abaixo dos 75 anos (AO 2011).
6- Uma alta concentração de vitamina D no sangue pode diminuir o risco de uma doença oftalmológica chamada Degeneração Macular Relacionada a Idade (AMD) em mulheres menopausadas abaixo dos 75 anos (AO 2011).
7- Vitamina D pode proteger contra câncer de pele não-melanoma, (CCC 2010). Nesse caso, a proteção contra raios UV (principal agente causal para esses tipos de câncer) deve ser orientada juntamente com a reposição de Vitamina D, já que a exposição solar é a única forma de produzí-la.
Já não bastasse tantos problemas, a simples exposição solar pode não ser uma maneira muito atrativa para sair desse problema...
Além do possível risco aumentado de câncer de pele como comentado acima, a exposição para atingir níveis adequados de Vitamina D pode ser maior do que se pensava. Depois de duas horas durante o inverno em Boston, nem mesmo os indivíduos de pele mais clara poderiam passar tempo suficiente no sol para sintetizar quantidade adequada de vitamina D. Em Miami, as pessoas com pele tipo V (pele morena que raramente se queima) precisariam de 15 minutos de exposição ao sol de meio-dia no verão e 29 minutos de exposição ao sol de meio-dia no inverno para fazer 1000 UI de vitamina D (JAAD 2010).
Já não bastasse tantos problemas, a simples exposição solar pode não ser uma maneira muito atrativa para sair desse problema...
Além do possível risco aumentado de câncer de pele como comentado acima, a exposição para atingir níveis adequados de Vitamina D pode ser maior do que se pensava. Depois de duas horas durante o inverno em Boston, nem mesmo os indivíduos de pele mais clara poderiam passar tempo suficiente no sol para sintetizar quantidade adequada de vitamina D. Em Miami, as pessoas com pele tipo V (pele morena que raramente se queima) precisariam de 15 minutos de exposição ao sol de meio-dia no verão e 29 minutos de exposição ao sol de meio-dia no inverno para fazer 1000 UI de vitamina D (JAAD 2010).
Embora suplementos de vitamina D possam reduzir o risco de deficiência, poucos dados mostram que essa suplementação possa diminuir ou prevenir qualquer doença dos estudos acima descritos. Apenas um estudo de suplementação de Vitamina D (400 UI/d) em 164 indivíduos saudáveis, mostrou que no grupo suplementado houve menor probabilidade de desenvolver infecções respiratórias, gripe, resfriado, ou perder dias de trabalho que o grupo placebo (JID 2010).
Esta falta de dados sobre a relação entre os desfechos em saúde e o status da vitamina D foi debatida em um recém-lançado relatório do Institute of Medicine (IOM). A conclusão é que, até o momento, a saúde óssea é o único parâmetro para recomendar o uso da Vitamina D. E, com base nos elementos existentes, o IOM estabeleceu 600 UI diárias para todos os bebês, crianças e adolescentes (faixa etária 1-19 anos) e estimou que isso seria suficiente para pelo menos 97,5% deles. Esta dose é 50% maior do que a atualmente recomendada pela Academia Americana de Pediatria (400UI/d). Doses maiores não mostraram benefícios e ainda foram ligadas a outros problemas de saúde, desafiando o conceito de que "mais é melhor". A pesquisa deve continuar! Pois, apesar de todo o avanço, ainda precisamos aprender muito sobre o real papel da vitamina D em nossas vidas.
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