Diferentemente da dor aguda (que é um alerta ao corpo de que algo está errado, e geralmente desaparece quando o corpo se recupera), a dor crônica ocorre por mais de 3 meses, mesmo após o corpo estar curado. É como se o sistema de alerta desregulasse! E juntamente com o desconforto e a angústia de não saber o que está acontecendo, a dor crônica pode causar baixa autoestima, alteração do sono, depressão, além de interferir com as atividades diárias, trabalho e relacionamentos. O tratamento da dor crônica geralmente envolve medicamentos de diferentes classes como analgésicos, antidepressivos e anticonvulsivantes; e são usados de acordo com a situação de cada paciente. Uma abordagem multidisciplinar muitas vezes é necessária: Fisioterapia para alongamento e relaxamento; Terapia Ocupacional para ensinar a executar tarefas de forma diferente, sem dores; Terapia Cognitiva Comportamental para alterar fatores psicossociais predisponentes, desencadeadores e mantenedores da dor. E principalmente exercícios aeróbicos de baixo impacto (como caminhar, nadar ou andar de bicicleta) devem ser realizados, pois podem ajudar a reduzir a dor, melhorando a sensibilidade corporal. Mudanças no estilo de vida também são parte importante do tratamento, como obter um sono regular e reparador, e parar de fumar (a nicotina pode diminuir a eficácia de alguns medicamentos). Dificilmente conseguimos eliminar 100% a dor! Em vez disso, o objetivo deve ser reduzir a intensidade e a frequência das crises, possibilitando que o paciente retorne a suas atividades cotidianas sem maiores prejuízos.
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